quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Não me custa nada






aceitar a minha morte,
estou preparada.

Agora o sofrimento...

2 comentários:

Anónimo disse...

Ainda que já tenham passado uns anos, para nós, que com o meu pai convivemos, parece que foi ontem,. Vou até mais longe, Chloé: por vezes, (muitas, muitas)dou comigo a conversar com ele sobre tudo, sobre nada, sobre as preocupações, sobre as coisas boas. Deixei de rezar para um Deus em que creio (Ele perdoa-me, eu sei) para falar,(esta é a minha forma agora de rezar) com o meu Pai.
Isto parece não ter nada a ver com o que dizes, Linda, mas, uma altura, estávamos na sala, e deixámos (eu e a minha mãe que os meus irmãos por acaso não estavam) que ele ficasse calado horas!... Entendemos perfeitamente que ele assim queria e nada se disse.
No final, ele olhou-nos, sereno como tu nem calculas e disse:
"-Estou pronto! Posso ir..."
Continuámos sem nada dizer, eu e a minha mãe mas aquilo que se passou ali ultrapassou as paredes, os céus, ultrapassou qualquer infinito.
O maior medo do meu pai era o sofrimento.
A partir daquele dia (durou ainda mais ou menos um mês) não lhe ouvimos uma queixa.
Não teve medo, Chloé, ele que era, tal como eu sou (e todos nós, acredito, daquilo que desconhecemos, que nos ultrapassa, tal como a morte) tão medroso!

Tocou-me tano esta tua frase, este teu pensamento, este desabafo, Amiga!

Um beijo doce.
Cada vez gosto mais de vir aqui!
Sabe tão bem este espaço!

Obrigada.
Cris

Chloé disse...

Deixaste-me sem palavras, um beijo amigo, solidário!