quinta-feira, 27 de março de 2008

Nós

Com um pincel de marta cheio de tinta faço traços grossos, gotas marcadas no papel. A folha virgem enche-se, finalmente, de cores, de sentidos. Definem-se veredas, caminhos, significados, sentimentos. A tinta és tu, o pincel sou eu, a folha é o registo dos dias, imaculada a cada madrugada.

1 comentário:

Anónimo disse...

Já li mil e uma vez.
Quando algo me acontece, seja bom, seja mau, tento não pensar, ou pensar que aprendi, apesar de tudo, mais alguma coisa.

Hoje cheguei aqui sem quaisquer defesas, Chloé.

Ainda nem consigo pensar.
Não nada pior que nos sentirmos cheios de pena de nós mesmos.

Hás-de pensar porque raio de carga de água me está ela a dizer isto?

Porque hoje, Amiga, "invejo" este teu pensar!
Hoje, alguém deixou de ser tinta, eu deixei de ser pincel e a folha caiu para se ir desfazendo numa poça de chuva de água de lágrimas.

Um abraço apertado,
Cris